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De quem é a casa mesmo?

Atualizado: 30 de ago. de 2021



No início é tudo empolgante, terreno escolhido, quem vai construir, acerta todos os detalhes de como será, faz o projeto com um arquiteto...

Todos os profissionais atentos, às vezes nem tanto, aos seus pedidos para sua casa (deveria ser assim né?). Mas no decorrer da construção, um errinho aqui, outro lá, uma discussão...um rodapé.


Existe o estereótipo da mulher que sempre quer que algo mude, que depois de pronto viu que não era bem assim, pois nem sempre é possível imaginar tanto e quando se torna real, vem a decepção.


Na minha dissertação de mestrado falo sobre a comunicação entre designers de moda e modelistas. O primeiro, nem sempre com o conhecimento necessário à profissão, desenha o que imagina e não se atenta a detalhes técnicos por sua vez, o modelista que muitas vezes sonha em criar, concretiza da melhor forma possível o que foi desenhado, mas sente uma incrível necessidade de modificar um ou mais detalhes, talvez precise disso para se sentir realizado ou até por ter sido escolhido pela profissão.



Voltando à construção. Percebi que o tal estereótipo da mulher que não sabe o que quer é bem concreto e que está enraizado tão profundamente, que profissionais acabam usando isso para justificar qualquer alteração ou, pedido de que seja exatamente como está na planta baixa.

É tão automático, que mesmo com o projeto em mãos, com tudo definido de antemão, mesmo com todos os ajustes iniciais e tudo documentado ainda assim, quando algo não está de acordo, a culpa é da mulher que não sabia o que queria.



Aí temos dois caminhos (ou até três se for mais radical), ir aceitando as mudanças de acordo com as ideias, para finalizar sua casa em uma tentativa de não se estressar talvez até por insegurança (desde que não se preocupe com as mudanças) ou, permaneça insistindo em que o profissional siga o que foi definido desde o início, sabendo que chegará um momento, que não vai mais nem querer visitar sua obra para não perder mais noites de sono.



Mas pense, o profissional vai embora ao final (se Deus quiser) quando a casa estiver pronta e você ficará lá na sua sala de estar, olhando por anos, todos os detalhes criativos que não foram combinados. Tem pessoas que não se importam ou talvez, sejam agradecidos por alguém que resolveu para eles algo que não sabia como fazer e é uma loteria, pode gostar ou não saber se gostou mesmo. Acreditou que era como deveria ser.


Mas e se for uma pessoa que sabe exatamente o que quer? Que antecipou cada detalhe por anos o que não é muito comum entre nós, de como seria sua casa? Por mais incrível que pareça, e sinto dizer, na nossa cultura não é nada comum o planejamento.

Tenho visto e ouvido pessoas que não sabem que cor querem sua casa o que não é nenhum problema, acreditam que serão orientados pelo profissional contratado.



Lecionei por vários anos disciplinas relacionadas à coleção e criatividade. Para mim é natural definir um tema e seguir adiante e como designer atuante, tenho por hábito desenhar e executar cada projeto que idealizo e sei, pela minha formação, que o que projetar precisa ser passado adiante para que outras pessoas possam executar, sempre que possível, sem dificuldade. Me esforço e estudo muito assim como muitos profissionais da construção.


Na nossa casa segui esse caminho. Desejo essa casa fervorosamente por uns 40 anos e planejo exatamente como queria à 10 anos. Com muita disciplina e durante todos os dias nesses 10 anos, guardei e ainda guardo todas as minhas imagens de desejo, como meu querido professor de coleção ensinou. Cada detalhe, cantinho, estilo e referências estão lá! Olho todos os dias e imaginem que comprei a cortina da ducha (odeio box), mesmo antes do primeiro bloco ser assentado. Já tinha certeza absoluta de que tudo se encaixaria. É o que espero.



É um exercício delicioso e até acalma nosso coração sobre incertezas. Decidir de repente qual casa vai querer passar um bom tempo da sua vida ou, até a última casa que pensa em viver não é tarefa fácil! Terá que olhar para ela todos os dias e ela precisará ser amada!


Cada erro para mim é uma ferida dolorida, como uma cicatriz que estará para sempre lá para ser lembrada.


Por isso pare e pense:

De quem é a casa mesmo?

Escolha uma empresa de confiança quando for construir sua casa, pesquise, pergunte, visite casas das empresas de construção, sempre!

Veja a seguir, uma empresa que indico para construção da sua casa :)

 

Construmart

Estrada do Capuava, 7.027, Cotia

(KM 26 da Raposo Tavares, sentido SP)

(11) 4614 5214

(11) 94783 3660

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