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Pela violência ou pelo amor?


Mais uma vez pensando muito sobre projetos copiados, inspirados ou criados de verdade.

Já fui muito, mas muito contra as pessoas que simplesmente pegavam (ainda pegam) uma receita ou arquivo que fiz (do tempo que criava embalagens em papel) e vendiam ou distribuiam em todo lugar, isso me deixava com muita raiva.

Sabe que tinha até um rapaz, que vendia um curso que eu tinha gratuito em um site meu sobre desenho de moda? E o abuso era tão grande, que após vender meu curso, ele pedia para a pessoa pedir a senha para mim! Resultado? Apaguei o site e o curso gratuito acabou, simples!


Esse curso se tornou pago na EDUK e mesmo assim, ele foi escancaradamente compartilhado e na época eu ganhava por curso vendido, dependia desse dinheiro.

Veja, não estou defendendo que podemos copiar à vontade o projeto do outro, claro que não! Mas agir com violência contra quem faz isso, vejo que também não adianta.


Sim, não é bacana fazer isso!


Quando trabalhei como estilista, havia um colega que conseguia com a empresa as etiquetas de autenticidade (são numeradas) para enviar para uma confecção que fazia as camisas do time. Tais camisas iam parar nas banquinhas em frente ao estádio e eram camisas "piratas" e nesse caso, era ainda mais grave, pois as camisas eram providenciadas pela mesma pessoa e confecções que faziam as autenticas.


Bem complicado né? Mas como eu poderia provar? Essa briga era minha?

Até pensei em contar para a empresa que tinha os direitos de vender as camisas do time, mas ela também não tinha agido bem em alguns momentos.



Ladrão que rouba ladrão...

Tudo tão profundamente imoral, que nem sabemos como agir! E essa não foi a única situação pela que passei!


Em outra empresa, descobri que um certo colega planejava dar um golpe no dono da empresa. Acabei esbarrando sem querer em uma quantidade enorme de documentos já prontos para processar o dono da empresa e marca importantes no Brasil.


Quando pensei em agir, fui ameaçada pela tal pessoa e só me restou pedir para sair.

Outro agravante é que o estilista principal da marca, só "desenhava" a coleção aos finais de semana quando queria e meu trabalho, era coordenar os estilistas e precisava desses desenhos nos prazos corretos para produção.

Suspeitei que o estilista não estava desenhando nada e nem poderia conversar com o dono da empresa, porque ele e o estilista eram muito amigos.


Sabe a conclusão dessa história? O golpe foi dado e o dono da empresa que era uma pessoa incrível, perdeu a marca e foi embora da cidade onde morava para uma cidadezinha do interior e sua fonte de renda? Um salão de cabelereiro montado pela sua esposa.



Isso sim considero muito grave! O dono da empresa começou atendendo os fornecedores na cozinha da casa da sua mãe. Quando ia receber um cliente, ele pedia para ela guardar a tábua de passar.


Chegou a ser a marca mais importante de seu segmento na época e era o chefe que oferecia o melhor salário que já vi na área de moda.


O que acha dessa história? Sinceramente, espero que ele tenha superado tudo isso e esteja novamente com o sucesso que merece por ser um homem honrado, ético, decente e acima de tudo, um excelente profissional! Só confiou nas pessoas erradas, mesmo seu melhor amigo foi desleal.


O que vejo hoje no universo artesanal também é grave, mas mais grave é o terror que está se disseminando e o que eu posso fazer? Qual o caminho mais suave e com amor, mas muito amor para tentar minimizar tudo que está contecendo?



Já se perguntou isso? Acredita que apontar as pessoas que acha que não estão certas e expô-las fará com que essa briga toda acabe? Que algo bom floresça em meio a tanto ódio?


O que você faria diferente?

Eu pensei muito e já faz um bom tempo que falo que todos aprendem a serem criativos!


Sim, já sei que vai pensar, já está querendo vender algo né?

Sim, meu trabalho é para meu cliente, mas sabe que seria muito mais fácil fazer só mais uma receita e mostrar para vocês em uma live? Mas dessa vez achei diferente e decidi contar ainda mais sobre como faço para ter ideias!



Terei público? Provavelmente sim! Tenho alunas que aprendem comigo o tempo todo e eu com elas! Mas tenho consciência que ainda será um público pequeno, sabe porque tanta certeza? Porque terá muita, mas muita gente que só quer a receita.


Falo sobre criatividade desde 1992, ano em que me formei na faculdade de moda e aprendi como ter ideias com meu professor de estilo.

Seu nome era Carlos Mauro Rosas, que me ensinou "como ver além", e isso me acompanha sempre! Cada coleção que crio é uma homenagem a ele e sempre lembro dele a cada projeto, na área que for e na técnica que escolher.


Sabe o que é gratidão?

O sentimento da criação e de imaginar diversos mundos é tão incrível, tão maravilhoso que me faz voltar a ser criança a cada bonequinho!



E a palavra é IMAGINAÇÃO!

Algo que para mim é simples porque estudei, ouvi e aprendi (ainda estudo constantemente e diariamente), mas percebi que tem gente que simplesmente ignora sua existência ou prefere ignorar para não ficar com um discurso vazio!



E por terem essa dificuldade, preferem atacar tudo e a todos e não pensam que o ataque pode ser contra alguém, que precisa de carinho e pode ter buscado nas artes manuais um alento, ainda mais neste momento em que estamos passando.



Tenho uma aluna muito querida que me permitiu contar sempre sua história.

Ela tinha pensamentos suicidas e tentou o suicídio três vezes antes de me conhecer e graças à Deus, preencheu seus pensamentos com o amigurumi, sua primeira aula foi comigo.


O que pode ser mais valioso do que isso? Essa pessoa ao me contar sua história me fez ver a importância do meu trabalho e nunca mais questionei meu caminho e hoje, tenho orgulho imenso e visto a camisa do meu cliente com profundo amor e repeito.



E se essas discussões esbarrarem em pessoas que estão frágeis neste momento? E se essas pessoas encontraram na cópia uma forma de se manterem e manterem suas famílias?


Volte lá em cima nesse texto e veja que não concordo também com a cópia, mas estamos falando de seres humanos com sentimentos, necessidades e com seus erros também!


Somos mortais, muitos estão preocupados com sua sobrevivência e não podemos jogar tudo no mesmo saco e achar que todos devem ser punidos, ainda mais quando só apontamos os erros e não oferecemos outros caminhos.




Ao contrário disso, o que pode ser feito para um caminho mais humano? Com mais amor e atenção ao próximo?

Acredita que apontar para as pessoas dizendo que são criminosas, farsantes ou hipócritas fará alguma diferença importante com qualidade e amor para a Humanidade?

Nesta semana comecei uma série de quatro lives onde falo de um caminho que aprendi e uso desde quando trabalhava como designer ou professora.


Quer saber qual é? Acompanhe aqui neste link! É gratuito, não precisa comprar nada, apenas assistir e quem sabe, ouvir e aplicar no seu dia a dia!



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